A princípio, todo mundo!
Ainda que saibamos que a morte é inevitável, morte é um assunto proibido. Em nossa cultura, falar dela soa como algo que atrai “a dita cuja”. Então evitamos falar, por exemplo, que nesses tempos de pandemia absolutamente ninguém está livre dela. Mesmo os mais cuidadosos podem receber sua “visita”. Enquanto não houver uma vacina, ela está de certeza à espreita em cada esquina.
Ainda assim, muitos são os que escolhem ignorá-la, visto as praias lotadas de gente nesse feriado e outros comportamentos que parecem negar a inevitável morte.
Como você encara o fim?
Sim, ela chegará algum dia para você e para aqueles que você mais ama, pois se há uma certeza no universo é que nada é eterno. Aí eu me pergunto, se assim é, porque não cuidamos da vida e de nossa saúde com mais zelo?
Minha mestra me dizia que um paciente não é o seu comportamento. Comportamentos são expressões trágicas para nossas necessidades não atendidas. Entendo a necessidade de liberdade que leva muitos a afrouxarem o isolamento. Mas quando vejo a irresponsabilidade de muitos sem máscara, me pergunto o que se revela do ser humano.
Na minha percepção, revela-se uma cegueira, não para a morte em si mas para o valor da vida e da saúde.
Esses dias ouvi uma palestra de uma enfermeira que falava de como desprezava os pacientes que chegavam lutando pela vida após uma briga tola com troca de tiros. Ela se perguntava porque ela deveria se importar com o valor da vida dessa pessoa que não cuidou da própria vida. Contudo, ela conta que tudo mudou quando viu a avó de um rapaz baleado ajoelhar-se e pedir pela vida do neto.
Isso me fez ver que mesmo atrás da vida de quem não se importa, há alguém que se importa.
Desde o final do ano passado esse assunto tem estado muito presente em minha vida e ficou ainda mais forte durante a pandemia. A pergunta que sempre me vinha é como podemos aprender com ela? Sim, o que temos a aprender com a morte? Dessas perguntas e de uma maravilhosa parceria com o Diretor de Teatro José Regino de Brasília, surgiu a peça de teatro “A Única Certeza”. Sugiro conferir no trailer abaixo:
Essa peça passa por tudo que eu e Zé colhemos juntos de aprendizados encarando nossas perdas de frente. Porque há um outro aspecto dessa “professora”, ela ensina melhor quando está presente. Paradoxalmente, quando há pouco ou nenhum tempo para alterar nossas escolhas.
Então convido você que me lê a assistir nossa peça e aprender com ela:
1- Do desapego – pois temos muito pouco sob nosso controle
2- Da Esperança – porque ela realmente é a última que morre
3- Da Compaixão – pois diante dela, sabemos nos curvar à dor do outro como se fosse nossa
4- Do Valor da Vida – sim, ela é só uma (até onde sabemos)
5- Da Resiliência – diante dela estamos todos convidados a nos adaptar sempre
E outros aprendizados que prometo irão surgir ao assistir a peça. E se gostar curta, deixe um comentário e inscreva-se no canal! Estarei com o Diretor Zé Regino todos os domingos final de tarde para receber você e trocar ideias sobre a vida, pois é isto que a morte nos lembra – A VIDA É PRECIOSA!!!
Para pegar o link dos encontros dos domingos, siga-me no Instagram @lu.schutte e selecione o link do zoom no linktree da Bio.
Para ver a peça, só clicar aqui:
Espero que você possa a partir da peça escolher com cuidado como vai lidar com as circunstâncias, pois mesmo que você não se importe, há sempre alguém que se importa com você.
A vida vale a pena!
Bj no coração,
Lu Schütte